Enquanto o plano de vacinação municipal caminha a passos lentos, donos e clientes de bares parecem não ter mais paciência. Desesperados, alguns donos de bares tem ignorado as restrições impostas pelo decreto municipal.
As denúncias têm sido feitas pelas redes sociais, através de vídeos, fotos e relatos. Em grupos de whatsapp, internautas cobram fiscalização por parte da prefeitura. Os casos de aglomeração vão desde os distritos e zona rural até o centro da cidade e se repetem a cada semana. Obviamente, quem se aglomera em bares e eventos não usa máscara enquanto bebe e fuma, aumentando os riscos de contágio.
Segundo funcionário da prefeitura, muitos estabelecimentos já foram notificados e até mesmo multados. Alguns chegaram a regularizar suas situações mas voltaram posteriormente a desrespeitar o decreto. Um bar do centro da cidade, inclusive, está interditado.
A onda de aglomerações vem na contramão do momento apresentado pela saúde municipal, com o estouro dos casos de Covid-19 no último mês. Na última semana, chegou-se a registrar 99 casos em um só dia, segundo os números oficiais da prefeitura.
Em contrapartida, os empresários do ramo reclamam das restrições impostas, principalmente do horário de funcionamento. Segundo o decreto, os bares devem fechar suas portas até as 23 horas, o que acaba concentrando o fluxo dos estabelecimentos, ao invés de dispersar. Eles reclamam também da falta de diálogo com o poder público municipal que, segundo eles, “só aparece para notificar e multar”.
Com o plano de vacinação ainda engatinhando lentamente, como acontece em todo o país, a impressão é de que o imbróglio perdure por mais alguns meses, restando ao prefeito Joaquim Neto a difícil tarefa de conciliar da melhor forma os interesses dos empresários do ramo de bares, cuja situação é periclitante, com os interesses da saúde pública, tão combalida que nem é preciso comentar.